“Na medida em que sou artista, quero um mundo onde a beleza seja o vértice da pirâmide.”
A inteligência artística não fica indiferente às descobertas do Nuno, que liberta nossos ouvidos e impõe um novo sentir.
Gosto do aspecto questionador no trabalho do Nuno em que ele recorre às composições experimentais de música para performances, dança, teatro e cinema.
Quando vim para Lisboa, em 1988, conheci o som do Nuno, com o grupo: Mler Ife Dada, onde ele foi reconhecido como referência de som progressivo. Depois fui assistir, creio que tenha sido em 1993, no Chapitô, o Poliploc Orkestra, que companhava com música ao vivo os filmes mudos: Nosferatu, de Murnau e Douro, Faina Fluvial, de Manuel Oliveira. Havia toda uma ambientação teatral e o Nuno regia tudo, com uma estética nova e de fresca inspiração.
Gosto de rever certas passagens da vida, unir passado e presente, o tempo não degrada, pelo contrário, enriquece-a num esforço de perfeição contínua, parece ao acaso, mas é intencional.
No final do ano passado esse“acaso intencional” levou-me ao vídeo:
“it will be what we make it” “as part of “Performing the space “
E agora, Janeiro de 2009, fui assistir no primeiro dia do festival, dedicado à novas formas de fazer jazz, o Nuno Rebelo e Gregor Asch, aka Dj Olive, no Cultugest.
Gosto de procurar novas fontes de inspiração , que esteja em ressonância com minhas afinidades... O Nuno desperta essa busca em meu mundo.
Nessa semana fomos Gustavo e eu jantar na casa do Nuno e da Cathrin. Creio que não consigo por em letra redonda e por inteiro, esse nosso encontro que foi saboreado com ética, estética e dietética.
Foi bom conversar saboreando as massas deliciosas da Casa da Pasta que levamos (www.casadapasta.com) bebendo vinhos que a Cathrin gentilmente escolheu e uma sobremesa que o Nuno fez, hummm...
Em meio às observações artísticas e sensíveis da Cathrin, e ao humor inteligente do Gustavo, o Nuno mostrou-nos as partituras e o cd do trabalho de composição, que fez para o coreografo Mark Tompkins, com quem trabalha regularmente desde 1994. Adorei!
Estar no estúdio do Nuno a conversar, foi uma hora mágica. Acho cada dia tão único, tão virgem, que vivo em pleno o sabor do momento.
Fui embora com a boa sensação de preservar a sinceridade em relação ao sentimento profundo, nas amizades que estimulam a criação e no sentir até o fim da vida o ardor pela arte que nos leva a aprender e experimentar.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
sábado, 10 de janeiro de 2009
Marionetas da ilha de Shikoku
Hoje no Museu do Oriente, Lisboa, vi essas marionetas, que servem para que os deuses apareçam durante o Ano Novo.
Na ilha de Shikoku, Japão, o marionetista ia de casa em casa, com essas quarto marionetas, que eram manipuladas para executarem uma dança frente aos fiéis. Representavam os três Anciãos (Okina, Senzai e Sanbaso) e Ebisu.
Okina e Senzai evocam fertilidade enquanto Sanbaso afasta os maleficcios. Ebisu é uma das sete divindades da felicidade.
Sob a regência do Sol, 2009 é o ano da consciência, alegria e determinação.
Na mitologia, na arte e na literatura, o Sol representa um princípio que transcende tempo e espaço.
Viva 2009!
2009 Viva!
Assinar:
Postagens (Atom)