terça-feira, 29 de maio de 2007

Antes de adormecer

“Dar a mão a alguém sempre foi o que esperei da alegria. Muitas vezes antes de adormecer - nessa pequena luta por não perder a consciência e entrar no mundo maior - muitas vezes, antes de ter a coragem de ir para a grandeza do sono, finjo que alguém está me dando a mão e então vou, vou para a enorme ausência de forma que é o sono. E quando mesmo assim não tenho coragem, então eu sonho" (Clarice Lispector)

Provérbio e Cantares


Ontem eu sonhei que via
a Deus e que a Deus falava;
e sonhei que Deus me ouvia...
Depois sonhei que sonhava.

A noite sonhei que ouvia
a Deus , gritando-me: Alerta!
Logo era Deus quem dormia
e eu gritava: Desperta!
(Antonio Machado)

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Sonho de Chuang Tzu


“Chuang Tzu sonhou que era uma borboleta e não sabia, ao acordar, se era um homem que tinha sonhado ser uma borboleta, ou uma borboleta que agora sonhava ser um homem”
Herbert Allen Giles, Chuand Tzu (1889)

Sonho


“Quando era garoto, Bertrand Russell sonhou que encontrou os papéis que havia deixado sobre a mesinha de seu quarto de colégio encontrava um onde se lia: “o que diz do outro lado não é verdade”. Virou o papel e leu: O que diz do outro lado não é verdade”. Apenas acordou, procurou o papel na mesinha. O papel não estava ali.”
Rodericus Bartius, Los que son números Y los que no lo son

Viajar! Perder países!

Vivo viajando, é verdade...
Para falar sobre isso,só
as pessoas de Pessoa:

Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente , ir a seguir,
A ausência de ter um fim ,
E da ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem!
Mas faço-o sem ter ti meu
Mas que o sonho da
passagem .
O resto é só terra e céu.


Partir!
Nunca voltarei,
Nunca voltarei porque nunca se volta.
O lugar a que se volta é sempre outro,
A gare a que se volta é outra.
Já não está a mesma gente, nem a mesma luz, nem a mesma filosofia.

Partir! Meu Deus, partir! Tenho de partir!

( Fernando Pessoa )

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Cemitério de Finisterre de César Portela



Gostei do Cemitério de Finisterre de César Portela, como instalação de um cenário cósmico, como um projeto de romantismo sinistro na arquitetura e sua relação com a natureza.
O cemitério fica integrado pelo mar, pela montanha e pelo céu, consta que foi inspirado nos arcaicos sepultamentos celtas.

Fredy Massad e Alicia Guerrero Yeste, no livro “Enric Miralles: Metamorfosi do paesaggio”, : “A idéia do infinito na morte, a inquietude que inspira imaginar a infinitude da eternidade, ganha um impressionante símbolo no cenário cósmico criado pela ilimitada extensão do céu e do mar entre os quais se situa e se compõe o Cemitério de Finisterre de César Portela.
César Portela faz com que o fundamento deste cemitério sejam as ressonâncias emotivas despertadas e alentadas pela forte paisagem, "buscando a transcendência do lugar até o silêncio", apelando pela esperança mediante uma obra na qual a arquitetura quer se dissolver caladamente na natureza como símbolo de silêncio, ausência e memória.”

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Brad Mehldau



Brad Mehldau vem novamente à Lisboa, agora com Pat Metheny e grupo, no dia 08 de julho, no Aula Magna, a não perder…

Brad Mehldau é considerado atualmente um dos mais geniais pianistas de jazz do mundo, com formação clássica, apaixonado pelo jazz, com influências tão variadas como: Schumann, Bill Evans, Beethoven, e Keith Jarrett .
Eu o ouvi a solo, no Auditorio do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, no começo desse ano, sem qualquer interação com outros músicos, sem nenhuma contribuição alheia, era ele isolado frente ao teclado. O teclado era o mundo, o Cosmos, o Universo, o Supra-Universo, o Infinito! Exagero? Não.
Ouvir Brad Mehldau é ter uma experiência única, sua transcendência de improvisação, a escolha em explorar sempre o novo, o caminho que ninguém percorreu, faz da sua total entrega uma aventura.
Durante o concerto, ele partia por vezes, de pequenas ideias que iam crescendo, tomando corpo, e com apurada técnica nos conduzia à plenitude!
Quando sua expontâneidade o levava para um beco saida, ele aí nos surpreendia mais ainda, resultando sempre numa atmosfera de extrema ousadia e conclusão exuberante.
Pensei em alguns momentos do concerto, que talvez keith Jarret na sua melhor fase, poderia ser comparado a genialidade do Brad mehldau.
Lembro que quando ele tocou: No Moon at All, achei que o concerto chegara ao fim e que eu podia ir embora conservando aquela sensação maravilhosa por muito tempo, ele então tocou, Budo de Baden Powell, foi então que se deu o pleno êxtase!
A plateia não parava de aplaudir, ele tocou uma série de “encores”, mas o entusiamo do público fez com que ele retornasse ao piano muitas vezes correspondendo plenamente aos esfusiantes aplausos.
Sim. Aplaudo, peço bis. Recomendo Brad Mehldau!!!

segunda-feira, 14 de maio de 2007

"Love" Beatles


A música é minha grande paixão! Esse tema é tão vasto que tenho adiado, mas vamos começar por um som leve e de aceitação quase geral, acho que vocês já conhecem esse som, mas como tenho ouvido nesses últimos tempos, vou falar dele: o cd "Love" produzido por George Martin (com a ajuda de seu filho Giles) é a trilha sonora de um espetáculo do Cirque du Soleil feita de remixes dos originais dos Beatles. Com o consetimento de Ringo Star, Paul McCartney e Yoko Ono, pai e filho tinham à sua disposição o material exclusivo da gravadora Apple, gravado nos estúdios Abbey Road pela banda mais famosa do mundo. Colocando vários elementos de uma música em outra, misturando tudo com sutileza e riqueza musical, as sonoridades ficaram inéditas. Há algumas músicas em que percebemos trechos de cinco, seis canções diferentes! O disco coloca os Beatles com um timbre de banda contemporânea! Adorei!!!

Uma flor para você

Queria trazer uma flor pra você,
mas não era uma flor qualquer,
mas sim uma flor raríssima!
Achei então um vaso enorme com a
flor da sua imaginação.

"Eu sou noite p'ra aurora
pedra de ouro no caminho
sei a beleza do sapo
a regra do passarinho
acho a sisudez da rosa
o brinquedo dos espinhos"

domingo, 13 de maio de 2007

Columbano Bordalo Pinheiro



O Museu do Chiado-Museu Nacional de Arte Contemporânea presta um tributo à Columbano Bordalo Pinheiro (1857 ñ 1929), no momento em que se assinala o 150 aniversário do seu nascimento, prestando assim homenagem a uma grande figura da história da arte portuguesa.Autor de obras como: O Grupo do Leão (1885), Concerto de Amadores (1882) ou Retrato de Antero de Quental (1889), professor na Escola de Belas Artes e director deste museu entre 1914 e 1929.

A exposição está estruturada em seis núcleos: A Formação, O pintor radical da vida pequeno-burguesa, Em Paris, capital do sÈculo XIX, A Pintura Moderna, Um Inventário dos EspÌritos, Ao Correr do tempo.
Vocês podem ver essa exposição até o dia 27 de Maio, no Museu do Chiado.
Recomendo.

Museu do Chiado



Museu do Chiado



Domingo dedicado a um dos museus,daqui de Lisboa, que mais gosto: O Museu do Chiado- Museu Nacional de Arte Contemporânea, que fica no Centro histórico. Ele foi fundado em 1911 como Museu Nacional de Arte Contemporânea, e foi inteiramente reconstruÌdo em 1994, sob projeto do arquiteto francês Jean-Michel Willmotte, e ficou lindo!

Dia das Mães


Para todas as mamães: Feliz Dia das Mães!!!
Beijares e abraçares ao milhares

sábado, 12 de maio de 2007

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Dias felizes



O dia está a chegar ao fim. Mas se calhar ainda é um bocado cedo para a minha canção. Cantar cedo demais é funesto, sempre achei. Por outro lado, às vezes deixa-se passar a altura. Toca para dormir sem se ter cantado. O dia acaba por passar completamente, para sempre, e não houve canção, seja de que espécie for.

Dias Felizes, Samuel Beckett

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Play again

Play, adaptação de Anthony Minguella, com Alan Rickman, Kristin Scott Thomas e Juliet Stevenson. Play foi escrita por Beckett entre 1962 e 1963.

Foi o filme que mais me marcou na exposição "Samuel Beckett" no Centro Pompidou.
Tive um impacto com a imagem conseguida pelo Anthony Minguella. Na sequência veio a musicalidade das palavras, com seu ritmo peculiar. Beckett gera uma impossibilidade de movimento dos atores, e com rigor técnico faz da luz, o agente externo que conduz à palavra.
Vemos desencadear: a solidão das personagens,a obsessão de suas mentes, a necessidade de reconhecimento das suas almas, a busca desenfreada de comunicação, e por fim a paz.

Play by Samuel Beckett

Amphithéâtre Fondation Pour L'art Contemporain

Caminhando


Estou a caminho... andei, andei,andei...
A exposição sobre o Becket me deixou com tanto material...
Prometo que vou organiza-lo e trarei logo que estiver pronto.
Tenho a certeza que valerá a espera!
Beijares e abraçares

Mnemopark, um mundo de trem em miniatura.



Assisti em abril esse espetáculo, mas os amigos continuam fazendo perguntas sobre ele. Eu percebo, ele provoca muita curiosidade. Querendo você pode obter muitas informações no Google.
A direção é de Stefan Kaegi. Em cena estende-se um gigantesco complexo de trens-miniaturas: trinta e sete metros de via férrea, montanhas, florestas e casas… O espectador volta a ser criança, é muito lúdico.
Cinco Suiços aposentados e apaixonados pelo modelismo evocam sua prática. Uma curiosa viagem através de uma curiosa Suíça. As paisagens vêm das recordações e recuam até os anos quarenta, é o que dá o título ao espetáculo: Mneenopark é o parque da memória.
Através do modelismo se mostra certos aspectos da mundialização que não são a princípio visíveis, mas durante o espetáculo isso fica muito evidenciado.
O diretor utiliza durante todo o espetáculo e ao vivo: video e música de uma maneira muito original. A camera fica dentro dos vagões dos trens e a imagem é projetada em um grande ecrã.
Teatro Vivo. Adorei!
Beijares e abraçares

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Vim só agradecer...



Vim só agradecer todos os scraps carinhosos que recebi no orkut...
"E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé"
Beijares e abraçares a todos

Exposição de Samuel Beckett



Samuel Beckett (Dublin, 1906 - Paris, 1989)

"Sempre tive a sensação de que em mim havia um ser assassinado. Assassinado antes de nascer. Eu tinha de reencontrar esse ser assassinado, voltar a dar-lhe vida."

A exposição sobre a obra de Samuel Becket que vimos na galleria 2, do Centro Pompidou, mostra um novo olhar sobre o autor. Para mostrar seu percurso, reune documentos excepcionais, como manuscritos e arquivos audiovisuais mostrados pela primeira vez na França, o seu país de adoção..

Um espaço muito importante é dedicado ao teatro apresentando arquivos audiovisuais raramente difundidos, e muitos documentos inéditos.
Vimos ainda quatro audiovisuais geniais, que o Becket fez para o canal de televisão Inglês e Alemão.

Alain Feischer, criou Uma instalação para a exposição, propondo uma interpretação do Universo de Becket como um grande livro aberto e Jérôme Combier associa a leitura de L''Impromptu d''Ohio à uma criação para um trio de cordas.

Adorei a sensação de estar tão perto de Beckett com o trabalho de Claudio Parmiggiani, Silêncio, sobre um arquivo sonoro inédito: “La voix de Beckett lisant Lessness”.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Trabalho de Dan Perjovschi



Dan Perjovschi,da Roménia parece uma criança ao desenhar... Uma linguagem simples e direta. O artista comenta criticamente, com ironia e humor, questões complexas do mundo contemporâneo, na escala global e local. A foto foi tirada por Ramiro Suárez em New York.

As cadeiras do Duchamp


domingo, 6 de maio de 2007

sábado, 5 de maio de 2007

Exposição do David Lynch - vista do Lado de fora do Museu

Museu Fundação Cartier para a Arte Contemporânea- Projetado por Jean Nouvel




David Lynch - "The Air Is On Fire"

«The Air is On Fire»

«The Air is On Fire»

Fiquei logo curiosa, quando o Gustavo falou da exposição:“The Air is on Fire”, onde encontrariamos toda a obra plástica de David Lynch organizada até à data.
Fomos ver no museu Fundação Cartier para a Arte Contemporânea, em Paris, que tem uma requintada arquitetura, como você pode ver pelas fotos.
David Lynch traz o seu o arquivo pessoal e mostra como explora as múltiplas facetas na sua obra, que reúne pinturas, desenhos, fotografias, filmes experimentais e som, criados desde 1960. Vemos referência de: Twin Peaks, Veludo Azul, A Estrada Perdida, Cidade dos Sonhos, entre muitos outros filmes.
A cenografia da exposição também é concebida por David Lynch, uma oportunidade para conhecer o imaginário do criador, para além do cinema. Ele criou paineis de aço com cortinas vermelhas onde seus quadros foram pendurados, tendo na lateral um dispositivo sonoro interativo.
Logo a entrada você se depara com uma série de desenhos em: guardanapos, em folhas de blocos de anotações, em toda espécie de papéis que ele ia encontrando pelo seu caminho. Em meio aos desenhos você vê anotações de nomes de atores, de telefones, nomes de seus filmes. Tudo com muita vida…
Tem também uma instalação na mostra, onde Lynch criou uma espécie de cenário de filme, que reproduz na integra sua pintura de uma sala com sofa, tapete e paredes coloridas.
Os quadros são sombrios, densos e surrealistas, tem tudo a ver com os seus filmes; por vezes parece um pesadelo…
Existe violência em sua obra, mas também humor. Tem uma tela: “Do You Really Want What I Think” que mostra um homem apontando uma faca pra uma mulher que está deitada em um sofa, semi-nua e a resposta: “Não”, aparece como nas estórias em quadrinhos, em um balão.
Os curtas metragens são surpreendentes, muitos com desenhos, outros com atores. Com versão minimalista, com a estética parecida com a do teatro, e sempre com conteúdo trágico e onírico.

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Introdução à Exposição

Alguns momentos no Pompidou



Fotógrafos no Pompidou

Prometi para minha amiga Rita que contaria sobre os fotógrafos que estavam expostos no Centro Pompidou.
Não sou crítica, então me sinto com toda a liberdade de ir falando conforme eu senti…
As imagens de Alain Bublex, reelabora a geografia urbana para introduzir nela uns poucos elementos de futuro e mostram com toda a claridade seu carater sinistro.
Daniel Bueren e Jacques Villeglé se mostram fieis a si mesmos e atentos às mudanças que se produzem no mundo.
Bertrand Lavier utiliza de maneira brilhantíssima seu potencial e oferece uma versão irónica do expressionismo.
Gabriel Orozco que também utiliza a ironia, é potente na plasticidade.
Adel Abdessamed é radicalmente crítico com a evolução da sociedade, e se expressa utilizando sarcasmo e um mínimo de recursos.
Sophie Calle faz uma performance: uma noite em branco, vivida no alto da Torre Eiffel, onde ela ficava a cada cinco minutes, com uma pessoa diferente que lhe contava uma estória.
O Chines-Parisiense Huan Yong Ping e o Germano-Parisiense Thomas Hirschom , mostram o globo terrestre gravemente enfermo,
em diferentes partes do mundo, onde houve enormes catástrofes

quinta-feira, 3 de maio de 2007

“Airs de Paris”.

“Airs de Paris”

O Centro Pompidou comemora seus 30 anos com a exposição: “Airs de Paris”. São setenta e seis artistas dando um panorama da criatividade francesa! trazem uma lufada de ar fresco na cabeça.
Paisagista, desiners, fotógrafos e arquitetos que fazem com que a gente saia de lá cheios de ideias e vontade de criar.
Todos os artistas vivem, ou viveram recentemente em Paris e foram selecionados para dar uma panorama sobre Paris do momento.
O título da exposição, “Airs de Paris”, faz referência a um pequeno frasco de cristal, esvaziado de seu líquido, e fechado novo, onde está escrito:“Aire de Paris”. Duchamp fez para presentear seus amigos que moravam em New York.
Gostei da maneira como somos introduzidos nessa “viagem” da exposição: a primeira sala tem o trabalho do Duchamp,“Aire de Paris”, em destaque dentro de uma caixa transparente e iluminada e na mesma parede, silhouetas de um homem com chapéu, um homem de ponta cabeça, um balanço, um candieiro antigo, um rinoceronte e inúmeros pingentes semelhantes ao criado pelo Duchamp, como se fosse uma chuva, pendurados por fios de diferentes tamanhos.
A exposição tem quatorze salas, a primeira sala ,cria ponte com a história, para depois mostrar nas demais, novas linguagens e tecnologias; as modificações arquitetónicas e urbanas; a condição do indivíduo em meio a globalização e o novo sentido das noções de identidade e comunidade.

Grande Sertão Veredas

Trabalhei na obra de Guimarães Rosa: Grande Sertão Veredas, com a direção do saudoso
Walter Avancini, pela Rede Globo, em 1985. Selecionei algumas frases do livro.

"No real da vida, as coisas acabam com menos formato, nem acabam. Melhor assim. Pelejar por exato, dá erro contra a gente, não se queixa"

"Um sentir é do sentente, o outro do sentidor"

"Me fez um receio, mas só no bobo do corpo, não no interno das coragens"

"Coração cresce de todo lado"

"A gente sabe mais de um homem é o que ele esconde"

"O que era isso? Que a desordem da vida podia sempre mais que a gente"

"Aprender a viver é que é viver mesmo"

"Desespero quieto às vezes é o melhor remédio que há. Que alarga o mundo e põe a criatura solta."

"O real não está na saída nem na entrada, ele se dispõe pra gente é no meio da travessia"

”Felicidade se acha é em horinhas de descuido.”

Beijares e abraçares

quarta-feira, 2 de maio de 2007

"Nada em rigor tem começo ou coisa alguma tem fim, já que tudo se passa em ponto numa bola e o espaço é o avesso de um silêncio onde o mundo dá suas voltas."