«The Air is On Fire»
Fiquei logo curiosa, quando o Gustavo falou da exposição:“The Air is on Fire”, onde encontrariamos toda a obra plástica de David Lynch organizada até à data.
Fomos ver no museu Fundação Cartier para a Arte Contemporânea, em Paris, que tem uma requintada arquitetura, como você pode ver pelas fotos.
David Lynch traz o seu o arquivo pessoal e mostra como explora as múltiplas facetas na sua obra, que reúne pinturas, desenhos, fotografias, filmes experimentais e som, criados desde 1960. Vemos referência de: Twin Peaks, Veludo Azul, A Estrada Perdida, Cidade dos Sonhos, entre muitos outros filmes.
A cenografia da exposição também é concebida por David Lynch, uma oportunidade para conhecer o imaginário do criador, para além do cinema. Ele criou paineis de aço com cortinas vermelhas onde seus quadros foram pendurados, tendo na lateral um dispositivo sonoro interativo.
Logo a entrada você se depara com uma série de desenhos em: guardanapos, em folhas de blocos de anotações, em toda espécie de papéis que ele ia encontrando pelo seu caminho. Em meio aos desenhos você vê anotações de nomes de atores, de telefones, nomes de seus filmes. Tudo com muita vida…
Tem também uma instalação na mostra, onde Lynch criou uma espécie de cenário de filme, que reproduz na integra sua pintura de uma sala com sofa, tapete e paredes coloridas.
Os quadros são sombrios, densos e surrealistas, tem tudo a ver com os seus filmes; por vezes parece um pesadelo…
Existe violência em sua obra, mas também humor. Tem uma tela: “Do You Really Want What I Think” que mostra um homem apontando uma faca pra uma mulher que está deitada em um sofa, semi-nua e a resposta: “Não”, aparece como nas estórias em quadrinhos, em um balão.
Os curtas metragens são surpreendentes, muitos com desenhos, outros com atores. Com versão minimalista, com a estética parecida com a do teatro, e sempre com conteúdo trágico e onírico.
sábado, 5 de maio de 2007
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