quarta-feira, 6 de junho de 2007

Museu Nacional de Arte Antiga





Devo dizer que os lisboetas não dão muita atenção ao Museu Nacional de Arte Antiga, assim como muita gente que visita Lisboa não dá a mínima para ele. É uma pena. Há muitos motivos para ir até esse importante e charmoso museu da rua das Janelas Verdes.

O principal motivo é que o museu abriga os "Painéis de São Vicente" (século 15), um políptico (várias telas retratando um só tema) de Nuno Gonçalves, obra que tem tanta importância artística quanto histórica, foi visto como um precursor de Velázquez.

As obras de Nuno Gonçalves são o destaque da ala de pintura portuguesa dos séculos 15 e 16 -pintura, aliás, muito pouco conhecida e, por isso mesmo, menosprezada. Vale a pena se ater ainda à "Anunciação", de Frei Carlos, à "Deposição no Túmulo", de Cristóvão de Figueiredo, ao "Retrato de D. Sebastião", de Cristóvão de Morais, e ao tríptico "Cristo Deposto da Cruz, São Francisco e Santo Antônio", de Vasco Fernandes.

O museu tem uma das mais belas e intrigantes representações do Cristo: um "Ecce Homo", chamada também de a "esfinge da arte cristã", feito em Portugal por autor desconhecido, na segunda metade do século 16. Só esta imagem, já justifica a sua ida ao museu.
Tem ainda: "As Tentações de Santo Antão" (cerca de 1500), de Bosch. O museu, embora pequeno, guarda quadros de Brueghel, Piero della Francesca, Dürer e outros.

As coleções de escultura, ourivesaria (com 3.200 peças) e sobretudo de arte oriental (dos séculos 16 e 17, proveniente da Índia, do Japão e da China) são um deslumbramento.

Se você ainda necessita de mais uma justificatva: junto ao museu está a magnífica capela das Albertas, iniciada no século 16 e uma das jóias da arquitetura portuguesa!

Recentemente ele foi reaberto com reformulações, com uma nova abordagem que o deixaram ainda mais atraente. Recomendo!!!

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