A peça mais visual que Shakespeare escreveu, um pano preto, um livro, três atores, e temos: A Tempestade.Tudo se resume a um pano preto: as ondas, o mar revolto, as velas do navio, o manto dos espíritos demoníacos, um vestido comprido, a colcha de uma cama, e mais, muito mais... Realmente, um pano preto pode ser tudo o que a imaginação permitir.
A peça começa com uma forte tempestade a afundar o navio, onde segue Próspero, o Duque de Milão. Ele é arrastado pelo mar, vai parar a uma ilha encantada, onde acontece as coisas mais extraordinárias.
Na última peça escrita por William Shakespeare,A Tempestade, que assisti no Chapitô (Lisboa), todos os personagens, ficam submetidos à vontade de Próspero. Vemos o que acontece num mundo de sonho, quando a inocência, o amor, o medo, a malvadez e a vingança se confrontam com o poder desse grande mágico.Como nessa peça, Shakespeare deixa muitas coisas em aberto, que podem ter várias interpretações, a direção do inglês John Mowat, usufruiu disso com liberdade e sensibilidade, tornando a peça leve e cômica.
Os atores nessa história de magia, monstros e espíritos se desdobram no palco despido, em várias personagens, com a expressão corporal explorada em toda sua potencialidade.
Vale a pena ir conferir!




