domingo, 18 de novembro de 2007

David Lynch

Ontem fui inundada pelo Universo Lynch:na minha frente ele entrou no palco do Centro de Congressos do Estoril em grande estilo, rosto límpido, cabelo grisalho,penteado impecável, gravata amarela, sob uma gabardina preta à Dale Cooper, sorrindo começou por dizer: ”This David Lynch guy is nuts... mas vamos experimentar e ver o que sucede”.
Havia uma grande euforia na masterclass com David Lynch: 'A Arte, a Vida e a Meditação Transcendental'.Todos queriam ser absorvidos por esse universo para vai além das sensações e para estados de espírito que passam por transes de meditação.

David Lynch foi homenageado pelo European Film Festival, que encerrou no Estoril, e teve uma completíssima retrospectiva da sua obra,
recebendo o Prémio de Carreira, das mãos de Julee Cruise.
Na sessão de perguntas e respostas, se falou de Inland Empire e Mulholland Drive, de seus dois últimos filmes, da série Twin Peaks e sempre de meditação trancendental.
Há mais de 30 anos Lynch, mantém a disciplina da meditação transcendental, e defendeu-a como: “um oceano de consciência sem limites, eterno, profundo, uma via privilegiada para atingir a paz mundial, e a felicidade universal.”
Lynch lançou a David Lynch Foundation For Consciousness-Based Education and Peace, que visa financiar pesquisas sobre os efeitos positivos da meditação.

O cineasta, que escreveu um livro sobre o impacto da meditação sobre a criatividade, “Catching the Big Fish”, disse:“A meditação transcendental é uma claridade doce e elétrica, que traz ondas de felicidade e proporciona a expansão da mente, plenitude e é uma porta aberta para a iluminação.”
A meditação transcendental, defendeu Lynch é “dinheiro no banco para os artistas, é sua ferramenta número um porque traz mais criatividade, felicidade e disponibilidade,afastando a negatividade, que é como veneno para os artistas.”
Dentro da atmosfera lynchiana, incentivou os futuros diretores de cinema a serem sempre fiéis a si mesmos, nunca aceitarem um não como resposta, nunca abdicarem do final cut e nunca rejeitarem uma boa idéia.
As idéias para os seus filmes revelou Lynch,
surgem continuamente, mas em fragmentos que vão sendo trabalhados. Mostrou seu entusiasmo com as câmaras digitais e disse que depois de ter descoberto as câmaras digitais em Inland Empire, ficará doente se tiver que voltar a rodar outro filme em celulóide.
A maioria dos profissionais de cinema que ali estavam, queriam focalizar nas perguntas sobre cinema e ele fez questão de lembrar o tema da masterclass, dizendo que “o cinema não é só uma coisa intelectual, mas é também uma coisa da intuição e a meditação transcendental é a porta que se abre e nos leva ao mais profundo estado de nossa consciência”.

4 comentários:

Walmir disse...

Estou daqui seguindo vc nesse périplo sobre olhares artísticos de cineastas importantes.
Bons estes benefícios de contemplações alheias.
Paz e bom humor

RONNY ROCKET disse...

Não sabia deste festival, sou fã do David e voce que esteve tão perto! Talvez a melhor definição para este realizador seja fazer do comum algo extraordinário.
Love!

Unknown disse...

Estive para ir a convite do meu professor de realização cinematográfica da Nova... não fui porque tinha ensaio da peça. Já vi que perdi uma grande cena de um dos meus realizadores predilectos :) Fico contente por teres ido e pelo que contaste :) É por isso e por outras coisas que adoro visitar o seu blog :)

BRAZILLIANCE disse...

Chique e belo demais!!! :) :) :)