Berlim é uma cidade de arte e cultura, para os seguidores de todas as artes. A cidade mantém um fluxo permanente, nunca cessa de causar surpresas, dando-nos inspiração para o nosso desenvolvimento e criatividade.
Foi visitando o Museu Hamburger Bahnhof, que pude ver, na coleção permanente, a obra de Joseph Beuys.
Joseph Beuys (1921–1986) é considerado um dos mais influentes artistas europeus da segunda metade do século XX, e o artista plástico alemão mais importante depois da Segunda Guerra Mundial. Com uma personalidade controvertida e um modo muito peculiar de encarar o mundo, foi o inventor do “conceito ampliado da arte”: “Toda pessoa é um artista”, é a sua frase mais famosa.
"Libertar as pessoas é o objetivo da arte, portanto a arte para mim é a ciência da liberdade."
Beuys, foi um questionador por excelência que mostrou com sua obra que está longe o tempo em que teremos uma definição de arte que elimine as controvérsias. Partindo das oposições razão-intuição, frio-calor, ele trabalhou para o restabelecimento da unidade entre cultura, civilização e vida natural, revolucionando as idéias tradicionais sobre a escultura e apontando novos caminhos para a arte em sua constante mutação.
Conta a história que Joseph Beuys foi piloto da Força aérea nazista durante a Segunda Guerra Mundial, e quando seu avião foi abatido sobre a Criméria, ele foi socorrido por nativos que envolveram seu corpo em gordura animal e feltro, materiais que se tornaram constantes em sua obra.
Ele atribuía um grande simbolismo à função física de cada material que selecionava para suas obras. que integram a polaridade metabolismo e neuro-sensorial na filosofia de Steiner.
Joseph Beuys frequentou os grupos de antropósofos em Dusseldorf, articulou a ideia da "unidade na multiplicidade", dos quatro níveis do homem: corpo físico, corpo etérico, corpo astral e o "Eu". A influência da antroposofia de Steiner fica estabelecida na relação que ele trava com a natureza.
O instinto animal, para Beuys era uma forma de inteligência superior, o artista inspirava-se na observação de lebres, pássaros, cavalos, e os demais animais que podia observar e retratava-os em performances, onde questionava que o animal morto pode ser uma obra de arte, no instante em que alguém decide que assim o é.
"Tornai os segredos produtivos."
Confesssares
domingo, 4 de novembro de 2007
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5 comentários:
Querida Vera,
Seu BLOG é um cantinho maravilhoso de se ESTAR... E tb um lugar onde sempre temos uma coisa nova a aprender ou mesmo a apreciar. Bjs, minha querida... Luz e Paz! Érica.
Olá! Vera,
muito legal e como sempre, visitei a Wikipedia para conhecer um pouco mais o trabalho de Joseph Beuys.
Beijos...
"Não conhecia o trabalho do Beys, mas é cara da arte dasegunda metade do século passado....Agora é outra história. Talvez, mais que o conceito de arte, devamos rever o de artista...
Sempre bom, leve e ao mesmo tempo profundo, teu blog."Serjo
Ótima sua matéria sobre Joseph Beuys, Vera. Ainda que muitos seguidores não tenham nada a dizer com "instalações" que nada instalam, ele fundou sua obra sobre reflexões e sensibilidades.
Estou adorando suas reportagens da velha Alemanha. E já que vc está aí, que tal falar do teatro de bonecos? Todo bonequeiro que encontro me fala das excelências da tradição alemã.
Paz e bom humor, menina de "ares".
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