segunda-feira, 4 de maio de 2009

Augusto Boal

Agradeço o revolucionário homem de teatro, Augusto Boal, que com sua prática, formulou teorias a respeito de seu trabalho, tornou-se uma referência do teatro brasileiro, e influenciou a literatura teatral no mundo inteiro.
Principal liderança do Teatro de Arena de São Paulo nos anos 1960, Boal iniciou uma nova etapa do teatro brasileiro. Com engajamento político, ele buscou expressar o inconformismo do povo e da juventude, em sua luta para a transformação da sociedade.
Criador do teatro do oprimido, no início dos anos 70, ele chamava de Teatro Jornal: que ensinava a fazer teatro a partir de jornal e procurava dar ao espectador não um produto acabado, mas os meios de produção.
Ele também desenvolveu o Teatro Invisível, na Argentina, que é uma forma de utilizar o teatro dentro da realidade sem revelar que é teatro: os espectadores intervêm na cena como se ela fosse um fato real.
Boal, que foi nomeado como embaixador mundial do teatro pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura),em março deste ano, disse:
“O Teatro do Oprimido é um teatro sem dogmas e realizado por meio de um conjunto de exercícios que ensinam o ser humano a utilizar uma ferramenta que ele já possui e não sabe. O homem traz esta característica teatral dentro de si. O que este tipo de teatro faz é liberar esta capacidade e ensinar à pessoa como dominá-la.”
“O Teatro do Oprimido, assim como a pedagogia, filosofia, psicoterapia e a política, pode ser praticado em culturas totalmente diferentes, tanto no Brasil como na África. Já existem grupos que o praticam na África, no Japão, em Hong Kong, na Coréia e em praticamente todos os países da Europa. A própria cultura brasileira é especialmente promissora para esta prática, já que não pode ser caracterizada como uma, mas na verdade milhares de culturas.”

Boal,você não morreu,está vivo em cada ator, em cada teatro, em cada estréia.
Boal, merda para você!

6 comentários:

Marília Pacheco disse...

Aí Verinha!!!!!maravilhoso texto...VIVA BOAL,VIVA VC AMIGA!
Bjs....esse blog é mesmo tudo de bom!

Serenade disse...

Agradecida Marilia querida,

Ele transformou muita coisa através do teatro. O pensamento dele viajou pelo mundo, levando seu projeto social e estético.
Fico feliz por ele ter renovado o teatro à partir de São Paulo. Viva o nosso Brecht, como diria Eugênio Barba!
Beijares e abraçares

Unknown disse...

Querida Vera... Realmente foi uma grande perda! Me tire uma dúvida, conheci algumas palestras do Plínio Marcos, eles trabalharam juntos? Pois cheguei assisti alguns trabalhos do Plínio... Quanto ao Boal, sua obra ficará eternamente emortalizada naqueles que amam a Arte e passam adiante. Ele foi um gênio! Bjs

Tiffany Noélli disse...

Olá Vera! Seu Blog é de extremo bom gosto com um lado cultural muito rico... Sobre Algusto Boal, realmente foi um grande talento para nosso teatro. E o mais bonito de tudo isso, que ele deixou uma obra imensa, e com certeza nunca será esquecida. Gerações do teatro virão, e ele continuará vivo. Beijos

Serenade disse...

Tereza querida,
Sei que o Teatro de Arena de São Paulo, em 1968, sob a direção de Augusto Boal, criou a Primeira Feira Paulista de Opinião. O objetivo era apresentar pequenos textos, reunidos em um único espetáculo, no qual retratassem a realidade brasileira.
Plínio Marcos escreveu uma pequena peça para esse evento, Verde que te quero verde, uma anedota em que o autor se vinga da censura que o perseguiu.
Gostei de sua visita!
Beijares e abraçares

Serenade disse...

Tiffany,
Gostei muito de sua visita! Agradecida!
Boal foi provavelmente, o homem de teatro brasileiro de maior projeção no exterior. Foi reconhecido mundo a fora a partir da década de setenta pela criação do teatro do oprimido, arte que conjuga arte e ação social.
Boal inspirou e contagiou muita gente, com seu teatro "modificador"!
Beijares e abraçares