domingo, 4 de novembro de 2007

Joseph Beuys

Berlim é uma cidade de arte e cultura, para os seguidores de todas as artes. A cidade mantém um fluxo permanente, nunca cessa de causar surpresas, dando-nos inspiração para o nosso desenvolvimento e criatividade.
Foi visitando o Museu Hamburger Bahnhof, que pude ver, na coleção permanente, a obra de Joseph Beuys.

Joseph Beuys (1921–1986) é considerado um dos mais influentes artistas europeus da segunda metade do século XX, e o artista plástico alemão mais importante depois da Segunda Guerra Mundial. Com uma personalidade controvertida e um modo muito peculiar de encarar o mundo, foi o inventor do “conceito ampliado da arte”: “Toda pessoa é um artista”, é a sua frase mais famosa.

"Libertar as pessoas é o objetivo da arte, portanto a arte para mim é a ciência da liberdade."


Beuys, foi um questionador por excelência que mostrou com sua obra que está longe o tempo em que teremos uma definição de arte que elimine as controvérsias. Partindo das oposições razão-intuição, frio-calor, ele trabalhou para o restabelecimento da unidade entre cultura, civilização e vida natural, revolucionando as idéias tradicionais sobre a escultura e apontando novos caminhos para a arte em sua constante mutação.
Conta a história que Joseph Beuys foi piloto da Força aérea nazista durante a Segunda Guerra Mundial, e quando seu avião foi abatido sobre a Criméria, ele foi socorrido por nativos que envolveram seu corpo em gordura animal e feltro, materiais que se tornaram constantes em sua obra.
Ele atribuía um grande simbolismo à função física de cada material que selecionava para suas obras. que integram a polaridade metabolismo e neuro-sensorial na filosofia de Steiner.


Joseph Beuys frequentou os grupos de antropósofos em Dusseldorf, articulou a ideia da "unidade na multiplicidade", dos quatro níveis do homem: corpo físico, corpo etérico, corpo astral e o "Eu". A influência da antroposofia de Steiner fica estabelecida na relação que ele trava com a natureza.
O instinto animal, para Beuys era uma forma de inteligência superior, o artista inspirava-se na observação de lebres, pássaros, cavalos, e os demais animais que podia observar e retratava-os em performances, onde questionava que o animal morto pode ser uma obra de arte, no instante em que alguém decide que assim o é.

"Tornai os segredos produtivos."
Confesssares

5 comentários:

ericaneiva disse...

Querida Vera,
Seu BLOG é um cantinho maravilhoso de se ESTAR... E tb um lugar onde sempre temos uma coisa nova a aprender ou mesmo a apreciar. Bjs, minha querida... Luz e Paz! Érica.

Francisco dos Santos disse...

Olá! Vera,
muito legal e como sempre, visitei a Wikipedia para conhecer um pouco mais o trabalho de Joseph Beuys.

Beijos...

RONNY ROCKET disse...

"Não conhecia o trabalho do Beys, mas é cara da arte dasegunda metade do século passado....Agora é outra história. Talvez, mais que o conceito de arte, devamos rever o de artista...
Sempre bom, leve e ao mesmo tempo profundo, teu blog."Serjo

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Walmir disse...

Ótima sua matéria sobre Joseph Beuys, Vera. Ainda que muitos seguidores não tenham nada a dizer com "instalações" que nada instalam, ele fundou sua obra sobre reflexões e sensibilidades.
Estou adorando suas reportagens da velha Alemanha. E já que vc está aí, que tal falar do teatro de bonecos? Todo bonequeiro que encontro me fala das excelências da tradição alemã.
Paz e bom humor, menina de "ares".